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Leopoldo Raimo

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, SP, 25 de novembro de 1912 – São Paulo, SP, 18 de outubro de 2001), mais conhecido como Leopoldo Raimo foi um pintor, gravador e médico brasileiro. Formado em medicina pela USP, conciliou sua profissão com a produção artística, iniciando seus estudos com Oscar Pereira da Silva e, posteriormente, no Atelier Abstração, sob a orientação de Samson Flexor. Influenciado pelo abstracionismo geométrico, suas primeiras obras exploravam desenhos estruturados e uso progressivo de cores, evoluindo para a utilização de materiais como areia e tinta a óleo, com destaque para a série Telúrico (1958-1959). Na gravura, dedicou-se à xilogravura com séries marcantes como Talismã (1970) e Junina (1980), que celebram tradições populares. Participou de importantes exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo, e recebeu diversos prêmios. Suas obras integram acervos de instituições renomadas, consolidando seu legado na arte brasileira.

Leopoldo Raimo | Arremate Arte

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, São Paulo, 1912 – São Paulo, São Paulo, 2001) foi um destacado pintor, gravador e médico brasileiro, cuja trajetória artística está profundamente ligada à evolução da arte moderna no Brasil. Formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1937), Raimo conciliou sua prática profissional com uma intensa atividade artística. Estudou pintura com Oscar Pereira da Silva e, mais tarde, integrou o Atelier Abstração, sob a orientação de Samson Flexor, cuja influência foi crucial na transição de Raimo para o abstracionismo geométrico. Sua produção inicial explorava desenhos com rigor geométrico e gradações de grafite, incorporando progressivamente o uso da cor. Nos anos 1950, adotou materiais como areia e tinta a óleo, destacando-se com a série Telúrico (1958-1959). Posteriormente, dedicou-se com afinco à gravura, especialmente à xilogravura, criando séries marcantes como Talismã (1970) e Junina (1980), que abordam festas e crenças populares brasileiras.

Raimo participou de importantes exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo (1953, 1955, 1957, 1961), e foi premiado em diversos Salões de Arte Moderna, incluindo o Prêmio Aquisição no 3º Salão Paulista de Arte Moderna (1954) e o Segundo Prêmio Governo do Estado (1959). Suas obras, presentes em coleções como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP e The Museum of Fine Arts de Houston, são valorizadas pelo equilíbrio cromático e pelo diálogo entre formas geométricas e sensibilidade lírica. Além de integrar o conselho de arte e cultura da Bienal de São Paulo, Raimo foi um dos fundadores do Núcleo dos Gravadores de São Paulo (Nugrasp). Sua carreira sintetiza a convergência entre técnica, inovação e expressão cultural, consolidando seu legado como um dos grandes nomes da arte abstrata brasileira.

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Leopoldo Raimo | Itaú Cultural

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, São Paulo, 1912 - São Paulo, São Paulo, 2001). Pintor, gravador e médico. Muda-se com a família para a capital paulista em 1918. Durante o curso no Ginásio do Estado (de 1924 a 1930), Raimo tem aulas com o pintor acadêmico Oscar Pereira da Silva (1867-1939). Em 1931, estuda durante um semestre na Escola Paulista de Belas Artes. Escolhe a medicina como profissão, frequentando entre 1932 e 1937 a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e atuando como médico desde então. Entre 1951 e 1958, participa do Atelier Abstração, onde estuda com o artista romeno Samson Flexor (1907-1971), membro da Escola de Paris, que fixara residência com a família em São Paulo em 1948. Em 1956, integra a diretoria artística do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), tomando parte na elaboração do regulamento da 4ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1959, estuda gravura na Escola de Artesanato do MAM/SP, sendo então orientado por Lívio Abramo (1903-1992).

Raimo é um dos membros-fundadores do Núcleo dos Gravadores de São Paulo (Nugrasp). Em 1976, integra o conselho de arte e cultura da Fundação Bienal para a 14ª Bienal Internacional de São Paulo.

Análise

Leopoldo Raimo inicia sua produção artística como pintor. No início de sua carreira e mesmo depois, nota-se a influência de seu período de aprendizado no Atelier Abstração, um dos principais locais de formação artística na São Paulo dos anos 1950. O grupo organizado em torno de Flexor propõe uma arte fundada nas qualidades puramente plásticas e pautada pelo rigor geométrico. Seus primeiros trabalhos consistem em desenhos realizados com grafite em diferentes gradações, estruturados por diagonais marcadas, explorando a intersecção dos planos. A cor comparece de maneira paulatina em sua obra, intensificando-se a partir de 1952.

Na produção de Raimo, segundo a curadora Ana Paula Nascimento, há a criação de um espaço ilusório, ainda que geométrico, baseado na organização de formas e no uso de uma escala cromática em intensidades variadas, procurando efeitos e ilusões de ótica. No final da década de 1950, Raimo passa a utilizar em suas obras areia e tinta a óleo, e a massa pictórica ganha importância sobre a linha, como na série Telúrico (1958-1959). O artista aprendera gravura com Lívio Abramo em 1959, porém dedica-se com mais afinco às artes gráficas nas décadas de 1960 e 1970, especialmente a xilogravura, na maior parte das vezes em cores. Essas obras frequentemente formam séries, que parecem abordar o universo das festas e crenças populares, como Talismã (1970) e Junina (1980).

Críticas

"(...) suas últimas obras aparecem como uma síntese de quinze anos de trabalho. Assim, da fase abstrata, reencontramos aquela cor depurada, que em 1950 cobria de primavera o vigor das construções geométricas, tendo mantido da fase dinâmica o impulso generoso de um pincel que fere a tela (...) Como consequência, atualmente a matéria mais sóbria tornou-se filigrana de um artista-ourives, em que os turbilhões se imobilizam em globos evanescentes" — Jacques Douchez (PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação de Antônio Houaiss. Textos de Mário Barata et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969).

"No Atelier-Abstração, Raimo realizou seus primeiros trabalhos abstratos informais. Em seguida sua obra tendeu para o geometrismo, tornando-se mais rigorosa e cerebral. Nos anos 60, sua plástica fez o caminho de retorno ao abstracionismo informal e lírico, embora mais estruturado, o qual rege seu trabalho até o presente. No início deste processo, Raimo utilizou-se de matéria pictórica espessa na realização de seu trabalho, resultante da mistura de tinta e areia, desenvolvendo a Série TELÚRICA, expressiva, densa de vibrações cósmicas. Em seguida sua matéria tornou-se mais delgada; suas formas, cores e ritmos passaram a estabelecer entre si um diálogo cada vez mais sensível e musical. (...) Nos últimos anos, Raimo vem realizando uma pintura constituída de formas soltas no espaço, de um colorido requintado; conjuntos extremamente harmoniosos, dos quais emana a ´musique des sphéres´ de que falava Kandinsky" — Enock Sacramento (ARTE e medicina. Apresentação de Alois Metzler. Textos de Enock Sacramento, Alberto Beuttenmuller, Márcio Sampaio e Ziraldo. São Paulo: Sadalla Galeria de Arte, 1990).

Acervos

Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP

Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP

Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP

Museu de Arte Assis Chateaubriand - MAAC - Campina Grande PB

Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz - São Paulo SP

Pinacoteca Municipal de São Paulo - São Paulo SP

The Adolpho Leirner Collection of Brazilian Constructive Art - The Museum of Fine Arts - Houston (Estados Unidos)

Exposições Individuais

1961 - Campos do Jordão SP - Individual

1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar

1964 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia

1969 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo: pintura e gravura, na Galeria KLM

Exposições Coletivas

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1953 - São Paulo SP - 1º Salão de Agosto, no Instituto Cultural Israelita Brasileiro

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados

1953 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no IAB/SP

1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Oxumaré

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1954 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP

1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna

1955 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes, na Diretoria Municipal de Turismo

1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - pequena medalha de prata

1955 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no Instituto Mackenzie

1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna

1956 - Salvador BA - 6º Salão Baiano de Belas Artes, na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia

1956 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP

1956 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna

1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - Tóquio (Japão) - 4ª Bienal de Tóquio

1958 - Bueno Aires (Argentina) - Nueve Artistas de San Pablo, na Galeria Antígona

1958 - Nova York (Estados Unidos) - Paintings from the Atelier Abstração of São Paulo, na Roland de Aenlle Gallery

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar

1958 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Manabu Mabe e Marina Caram, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1959 - Rio de Janeiro RJ - Leopoldo Raimo e Nelson Seoane, na Galeria Macunaíma

1959 - Santos SP - 7º Salão Oficial de Belas Artes de Santos

1959 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Clélia Cotrim, Renina Katz e Francisco Brennand, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - Segundo Prêmio Governo do Estado

1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1959 - São Paulo SP - 47 Artistas, na Galeria de Arte das Folhas - Segundo Prêmio Leirner de Pintura

1961 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Gisela Eichbaum e Heinz Kuhn, na Galeria de Arte das Folhas

1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - pequena medalha de ouro

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - isenção de júri

1962 - Santos SP - 9º Salão Oficial de Belas Artes de Santos

1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1962 - São Paulo SP - Coletiva, no Clubinho - Clube dos Artistas e Amigos da Arte

1963 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - Primeiro Prêmio Governo do Estado

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal 

1965 - Campinas SP - 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti - menção honrosa

1965 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Directa

1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - Campinas SP - 2º Salão de Arte Contemporânea de Campinas - menção honrosa

1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Internacional de Artes Plásticas, no Convento do Carmo 

1966 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - São Paulo SP - Três Premissas, no MAB/Faap

1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti

1967 - São Caetano do Sul SP- 1º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul

1967 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio de viagem ao país

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Internacional de Artes Plásticas, no Convento da Lapa

1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país

1968 - São Paulo SP - 1ª Exposição Internacional de Gravura, na Faap

1968 - São Paulo SP - Grupo 4, na Galeria do Cine Belas Artes

1969 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1969 - São Paulo SP - Núcleo dos Gravadores de São Paulo - Nugrasp, no Banco Minas Gerais 

1970 - Santo André SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal

1970 - São Paulo SP - A Gravura Brasileira, no Paço das Artes

1970 - São Paulo SP - 2º Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, no Masp

1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de Gravura de São Paulo, na Fundação Bienal

1971 - São Caetano do Sul SP - 4º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul

1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1971 - São Paulo SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, no Masp

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição do Núcleo de Gravadores de São Paulo - Nugrasp, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Gravura, na Sociedade Hípica Paulista

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1974 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Ítalo Cencini e Leda Watson, na Galeria Bonfiglioli

1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1977 - São Paulo SP - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Messiânica do Brasil e Fundação Brasil-Japão

1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall

1981 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, no Paço das Artes

1990 - São Paulo SP - Arte e Medicina, na Galeria Sadalla

1994 - São Paulo SP - Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP, no MAC/USP

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1996 - São Paulo SP - Bandeiras, na Galeria de Arte do Sesi

1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ

Exposições Póstumas

2006 - São Paulo SP - Um Presente para Ciccillo, na Bolsa de Mercadorias e Futuros

2008 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, 1912-2001: um percurso artístico, na Pinacoteca do Estado

Fonte: LEOPOLDO Raimo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 28 de janeiro de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Altit Casa de Leilões e Arte. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2025.

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, SP, 25 de novembro de 1912 – São Paulo, SP, 18 de outubro de 2001), mais conhecido como Leopoldo Raimo foi um pintor, gravador e médico brasileiro. Formado em medicina pela USP, conciliou sua profissão com a produção artística, iniciando seus estudos com Oscar Pereira da Silva e, posteriormente, no Atelier Abstração, sob a orientação de Samson Flexor. Influenciado pelo abstracionismo geométrico, suas primeiras obras exploravam desenhos estruturados e uso progressivo de cores, evoluindo para a utilização de materiais como areia e tinta a óleo, com destaque para a série Telúrico (1958-1959). Na gravura, dedicou-se à xilogravura com séries marcantes como Talismã (1970) e Junina (1980), que celebram tradições populares. Participou de importantes exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo, e recebeu diversos prêmios. Suas obras integram acervos de instituições renomadas, consolidando seu legado na arte brasileira.

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Leopoldo Raimo

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, SP, 25 de novembro de 1912 – São Paulo, SP, 18 de outubro de 2001), mais conhecido como Leopoldo Raimo foi um pintor, gravador e médico brasileiro. Formado em medicina pela USP, conciliou sua profissão com a produção artística, iniciando seus estudos com Oscar Pereira da Silva e, posteriormente, no Atelier Abstração, sob a orientação de Samson Flexor. Influenciado pelo abstracionismo geométrico, suas primeiras obras exploravam desenhos estruturados e uso progressivo de cores, evoluindo para a utilização de materiais como areia e tinta a óleo, com destaque para a série Telúrico (1958-1959). Na gravura, dedicou-se à xilogravura com séries marcantes como Talismã (1970) e Junina (1980), que celebram tradições populares. Participou de importantes exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo, e recebeu diversos prêmios. Suas obras integram acervos de instituições renomadas, consolidando seu legado na arte brasileira.

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Pinturas de Leopoldo Raimo | 2021

Leopoldo Raimo | Arremate Arte

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, São Paulo, 1912 – São Paulo, São Paulo, 2001) foi um destacado pintor, gravador e médico brasileiro, cuja trajetória artística está profundamente ligada à evolução da arte moderna no Brasil. Formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1937), Raimo conciliou sua prática profissional com uma intensa atividade artística. Estudou pintura com Oscar Pereira da Silva e, mais tarde, integrou o Atelier Abstração, sob a orientação de Samson Flexor, cuja influência foi crucial na transição de Raimo para o abstracionismo geométrico. Sua produção inicial explorava desenhos com rigor geométrico e gradações de grafite, incorporando progressivamente o uso da cor. Nos anos 1950, adotou materiais como areia e tinta a óleo, destacando-se com a série Telúrico (1958-1959). Posteriormente, dedicou-se com afinco à gravura, especialmente à xilogravura, criando séries marcantes como Talismã (1970) e Junina (1980), que abordam festas e crenças populares brasileiras.

Raimo participou de importantes exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo (1953, 1955, 1957, 1961), e foi premiado em diversos Salões de Arte Moderna, incluindo o Prêmio Aquisição no 3º Salão Paulista de Arte Moderna (1954) e o Segundo Prêmio Governo do Estado (1959). Suas obras, presentes em coleções como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP e The Museum of Fine Arts de Houston, são valorizadas pelo equilíbrio cromático e pelo diálogo entre formas geométricas e sensibilidade lírica. Além de integrar o conselho de arte e cultura da Bienal de São Paulo, Raimo foi um dos fundadores do Núcleo dos Gravadores de São Paulo (Nugrasp). Sua carreira sintetiza a convergência entre técnica, inovação e expressão cultural, consolidando seu legado como um dos grandes nomes da arte abstrata brasileira.

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Leopoldo Raimo | Itaú Cultural

Leopoldo Francisco Raimo (Botucatu, São Paulo, 1912 - São Paulo, São Paulo, 2001). Pintor, gravador e médico. Muda-se com a família para a capital paulista em 1918. Durante o curso no Ginásio do Estado (de 1924 a 1930), Raimo tem aulas com o pintor acadêmico Oscar Pereira da Silva (1867-1939). Em 1931, estuda durante um semestre na Escola Paulista de Belas Artes. Escolhe a medicina como profissão, frequentando entre 1932 e 1937 a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e atuando como médico desde então. Entre 1951 e 1958, participa do Atelier Abstração, onde estuda com o artista romeno Samson Flexor (1907-1971), membro da Escola de Paris, que fixara residência com a família em São Paulo em 1948. Em 1956, integra a diretoria artística do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), tomando parte na elaboração do regulamento da 4ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1959, estuda gravura na Escola de Artesanato do MAM/SP, sendo então orientado por Lívio Abramo (1903-1992).

Raimo é um dos membros-fundadores do Núcleo dos Gravadores de São Paulo (Nugrasp). Em 1976, integra o conselho de arte e cultura da Fundação Bienal para a 14ª Bienal Internacional de São Paulo.

Análise

Leopoldo Raimo inicia sua produção artística como pintor. No início de sua carreira e mesmo depois, nota-se a influência de seu período de aprendizado no Atelier Abstração, um dos principais locais de formação artística na São Paulo dos anos 1950. O grupo organizado em torno de Flexor propõe uma arte fundada nas qualidades puramente plásticas e pautada pelo rigor geométrico. Seus primeiros trabalhos consistem em desenhos realizados com grafite em diferentes gradações, estruturados por diagonais marcadas, explorando a intersecção dos planos. A cor comparece de maneira paulatina em sua obra, intensificando-se a partir de 1952.

Na produção de Raimo, segundo a curadora Ana Paula Nascimento, há a criação de um espaço ilusório, ainda que geométrico, baseado na organização de formas e no uso de uma escala cromática em intensidades variadas, procurando efeitos e ilusões de ótica. No final da década de 1950, Raimo passa a utilizar em suas obras areia e tinta a óleo, e a massa pictórica ganha importância sobre a linha, como na série Telúrico (1958-1959). O artista aprendera gravura com Lívio Abramo em 1959, porém dedica-se com mais afinco às artes gráficas nas décadas de 1960 e 1970, especialmente a xilogravura, na maior parte das vezes em cores. Essas obras frequentemente formam séries, que parecem abordar o universo das festas e crenças populares, como Talismã (1970) e Junina (1980).

Críticas

"(...) suas últimas obras aparecem como uma síntese de quinze anos de trabalho. Assim, da fase abstrata, reencontramos aquela cor depurada, que em 1950 cobria de primavera o vigor das construções geométricas, tendo mantido da fase dinâmica o impulso generoso de um pincel que fere a tela (...) Como consequência, atualmente a matéria mais sóbria tornou-se filigrana de um artista-ourives, em que os turbilhões se imobilizam em globos evanescentes" — Jacques Douchez (PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação de Antônio Houaiss. Textos de Mário Barata et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969).

"No Atelier-Abstração, Raimo realizou seus primeiros trabalhos abstratos informais. Em seguida sua obra tendeu para o geometrismo, tornando-se mais rigorosa e cerebral. Nos anos 60, sua plástica fez o caminho de retorno ao abstracionismo informal e lírico, embora mais estruturado, o qual rege seu trabalho até o presente. No início deste processo, Raimo utilizou-se de matéria pictórica espessa na realização de seu trabalho, resultante da mistura de tinta e areia, desenvolvendo a Série TELÚRICA, expressiva, densa de vibrações cósmicas. Em seguida sua matéria tornou-se mais delgada; suas formas, cores e ritmos passaram a estabelecer entre si um diálogo cada vez mais sensível e musical. (...) Nos últimos anos, Raimo vem realizando uma pintura constituída de formas soltas no espaço, de um colorido requintado; conjuntos extremamente harmoniosos, dos quais emana a ´musique des sphéres´ de que falava Kandinsky" — Enock Sacramento (ARTE e medicina. Apresentação de Alois Metzler. Textos de Enock Sacramento, Alberto Beuttenmuller, Márcio Sampaio e Ziraldo. São Paulo: Sadalla Galeria de Arte, 1990).

Acervos

Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP

Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP

Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP

Museu de Arte Assis Chateaubriand - MAAC - Campina Grande PB

Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz - São Paulo SP

Pinacoteca Municipal de São Paulo - São Paulo SP

The Adolpho Leirner Collection of Brazilian Constructive Art - The Museum of Fine Arts - Houston (Estados Unidos)

Exposições Individuais

1961 - Campos do Jordão SP - Individual

1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar

1964 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia

1969 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo: pintura e gravura, na Galeria KLM

Exposições Coletivas

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1953 - São Paulo SP - 1º Salão de Agosto, no Instituto Cultural Israelita Brasileiro

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados

1953 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no IAB/SP

1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Oxumaré

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1954 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP

1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna

1955 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes, na Diretoria Municipal de Turismo

1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - pequena medalha de prata

1955 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no Instituto Mackenzie

1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna

1956 - Salvador BA - 6º Salão Baiano de Belas Artes, na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia

1956 - São Paulo SP - Atelier Abstração, no MAM/SP

1956 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna

1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - Tóquio (Japão) - 4ª Bienal de Tóquio

1958 - Bueno Aires (Argentina) - Nueve Artistas de San Pablo, na Galeria Antígona

1958 - Nova York (Estados Unidos) - Paintings from the Atelier Abstração of São Paulo, na Roland de Aenlle Gallery

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar

1958 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Manabu Mabe e Marina Caram, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1959 - Rio de Janeiro RJ - Leopoldo Raimo e Nelson Seoane, na Galeria Macunaíma

1959 - Santos SP - 7º Salão Oficial de Belas Artes de Santos

1959 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Clélia Cotrim, Renina Katz e Francisco Brennand, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - Segundo Prêmio Governo do Estado

1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1959 - São Paulo SP - 47 Artistas, na Galeria de Arte das Folhas - Segundo Prêmio Leirner de Pintura

1961 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Gisela Eichbaum e Heinz Kuhn, na Galeria de Arte das Folhas

1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - pequena medalha de ouro

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - isenção de júri

1962 - Santos SP - 9º Salão Oficial de Belas Artes de Santos

1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1962 - São Paulo SP - Coletiva, no Clubinho - Clube dos Artistas e Amigos da Arte

1963 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - Primeiro Prêmio Governo do Estado

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal 

1965 - Campinas SP - 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti - menção honrosa

1965 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Directa

1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - Campinas SP - 2º Salão de Arte Contemporânea de Campinas - menção honrosa

1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Internacional de Artes Plásticas, no Convento do Carmo 

1966 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - São Paulo SP - Três Premissas, no MAB/Faap

1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti

1967 - São Caetano do Sul SP- 1º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul

1967 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio de viagem ao país

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Internacional de Artes Plásticas, no Convento da Lapa

1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país

1968 - São Paulo SP - 1ª Exposição Internacional de Gravura, na Faap

1968 - São Paulo SP - Grupo 4, na Galeria do Cine Belas Artes

1969 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1969 - São Paulo SP - Núcleo dos Gravadores de São Paulo - Nugrasp, no Banco Minas Gerais 

1970 - Santo André SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal

1970 - São Paulo SP - A Gravura Brasileira, no Paço das Artes

1970 - São Paulo SP - 2º Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, no Masp

1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de Gravura de São Paulo, na Fundação Bienal

1971 - São Caetano do Sul SP - 4º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul

1971 - São Paulo SP - 11ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1971 - São Paulo SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de São Paulo, no Masp

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição do Núcleo de Gravadores de São Paulo - Nugrasp, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Gravura, na Sociedade Hípica Paulista

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1974 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, Ítalo Cencini e Leda Watson, na Galeria Bonfiglioli

1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1977 - São Paulo SP - 3ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Messiânica do Brasil e Fundação Brasil-Japão

1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall

1981 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, no Paço das Artes

1990 - São Paulo SP - Arte e Medicina, na Galeria Sadalla

1994 - São Paulo SP - Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP, no MAC/USP

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1996 - São Paulo SP - Bandeiras, na Galeria de Arte do Sesi

1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ

Exposições Póstumas

2006 - São Paulo SP - Um Presente para Ciccillo, na Bolsa de Mercadorias e Futuros

2008 - São Paulo SP - Leopoldo Raimo, 1912-2001: um percurso artístico, na Pinacoteca do Estado

Fonte: LEOPOLDO Raimo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 28 de janeiro de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Altit Casa de Leilões e Arte. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2025.

Arremate Arte
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